u em seu peito e em cada canto da casa. Ricardo não era apenas seu marido, era o sol em torno do qual sua vida girava, um chefe de cozinha cujo talento era tão grande quanto seu coração. Juntos
sua sogra. No dia em que os advogados leram o testamento, que não passava de um amontoado de dívidas, Elvira revelou sua verdadeira natureza. S
jolo", Elvira anunciou, a voz desprovida de qualquer emo
saparecer. O restaurante e
mbição que gelou o sangue de Ana Paula. "Você vai trabalhar para mim. No
a do chefe, a alma criativa por trás de muitos pratos, mas uma "empregada de cozinha", como a sogra fazia questão de chamá-la. Sua voz foi si
escascava batatas, lavava panelas e observava Elvira gerenciar o restaurante com mão de ferro, cortando custos e qu
xausta, entrou no escritório para buscar seu pagam
le. Com isso, posso fechar este lugar e abrir algo novo, maior.
mpartilhado com ela. Roubar as receitas não era apenas um negócio, era profanar sua memór
suspeita que se confirmou naquela manhã com um teste de farmácia barato.
Ana Paula esperou a casa mergulhar no silêncio. Deixou para trás a vida que conhecia, a dor, a opressão. Com a mão protegendo o ventre, ela camin
o cheiro de gordura e desespero. O sucesso veio aos poucos, construído com trabalho duro e receitas que eram só suas. Ela vivia em paz com seu filho, Léo, um menino de olhos espertos e
ado crítico gastronômico de São Paulo estava na cidade. O nome dele ecoou em sua mente como um fantasma: Rafael. O irmão mais novo
ficou em silêncio por um longo tempo, os olhos fechados. Quando os abriu, havia uma expressão de espanto e nostalgia. Mas foi Lé
etacularmente. Desesperada e sem um tostão, ela ouviu um boato sobre uma doceira talentosa em uma cidadezinha litorânea, uma mulher com um filho pequeno que lembr
para construir. Mas desta vez, ela não estava sozinha. Ela tinha seu filho, seu sucesso e, inesperadamente, um aliado em p