m uma tarefa desagradável. Ele caminhou até mim com a mesma naturalidade de quem atravessa uma sala para pegar uma bebida, ignorando
da de qualquer emoção. Ele agarrou meu braço, seus dedos
to "ninho de amor". Uma dor aguda me atravessou, e o corte, que mal sangrava antes, se abriu. Uma gota de sangue carmesim manchou a ma
m volta do único objeto de metal que eu carregava: uma tesoura de costura pequena e afiada, daquelas para cortar li
meu na manga do vestido. O metal frio da tesoura contra sua pele, o sangue quente que escorria, tudo pareceu acontecer em câmera
is para mim. Seus olhos não demonstravam raiva, apenas um tédio profundo, co
entia. Ele tirou um lenço de seda do bolso do terno e o enrolou frouxamente na mão
ndiferença e o cheiro de seu perfume caro. Os amigos dele me olharam com uma mistura de medo e desprezo, e então
uço que eu segurava rasgou minha garganta, um som gutural e animalesco. Meu corpo tr
ua, sem nada além da roupa do corpo e de uma dor que parecia grande demais para caber em mim. Para sobreviver, encontrei trabalho. A ironia cruel do destino me colocou em um canteiro de obras, carr
empurrando um carrinho de mão pesado, quando um carro de luxo parou ao lado da obra. A janela do passageiro desceu, e lá estava ele,