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Capítulo 2 Doze semanas antes

Palavras: 1213    |    Lançado em: 09/06/2025

elas frestas da alma, deslizando suavemente por baixo

nas, banhando a cozinha com uma calma enganosa. O vapor do chá subia em espirais suaves, quase hipnóticas. Tudo parecia perfeitamente normal. A

s seu nome, escrito em tinta preta e uma caligrafia irregular que parecia mais esculpida do que escrita. Naquele momento, antes mesmo de abri-lo

m dedos trêmulos, uma única

erece seu f

ele, algo se quebrou no ar. A faca de manteiga pairou em sua mão, mas Amélia não pensava mais na torra

a sala, a voz de Isabelita ecoava pelo viva-voz do telefone, contando animadamente alguma anedota da faculdade. De outro cômodo, Luciano cantaro

eci

s ilustrações, mas sua mente estava em outro lugar. Durante semanas, algo lhe dizia que as coisas não estavam certas. Os silêncios entre seus pais estavam mais long

então, o silêncio tenso da mãe. Ele se levantou silenciosamente e olhou para fora da porta. Viu o e

ussurrou. "Vo

riu. Ou tentou. Mas o sorriso se esfarelou

um pedaço de papel v

nsibilidade de crianças que tiveram que crescer um pouco mais rápido. E

is

ela do seu quarto. Lá fora, a lua subia, vigilante, lançando sua luz sobre o jardim. A amendoeira que haviam

inha a carta dobrada no colo. Fora difícil olhá-la novamente. Era apenas uma linha de texto, mas o des

lher levara para o túmulo. Lembrou-se dos próprios silêncios, aqueles que escondera tão bem que às vezes esquecia que ainda doíam. E en

r sua bochecha. Depois

Um Sussurro

rmulas, casos clínicos e o lembrete constante de que sua bolsa de estudos dependia de não ser reprovada. Naquela manhã, u

ero que você entenda que seu sobrenome carrega um

o dia todo como uma sombra. Ela caminhava em direção à biblioteca quando ouviu um murmúr

s quem

do observada. Ela não disse nada. Nem para Amélia. Nem para Luciano. Ela não queria preocupá-los. Mas algo lh

ia Sob

rrado, depois amassou-a com raiva e jogou-a no lixo. Ele a abraçou com força, co

isse ele. "Não impo

tinha certeza.

iante, começou a observar mais. Sua mãe. Seu pai. Isabelita. Os silêncios. Sentia que havia um

palavras, dançava sem música. Ele era a própria pureza, a inocência a

ntes da T

quele caderno de capa azul onde ela escrevia há anos. Abriu-o em uma página em

a. Apenas uma ameaça que cheira a passado. Daque

enquanto as palavras fl

que o medo nem sempre precisa de uma porta

para apagar a luz, mas antes olhou mais uma vez para a amendoeira d

voz baixa, p

eciso larga

uve re

unta já er

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