porta do melhor neurologista do hospital Madrelinda. O m
com o olhar triste, abatido, parec
pitão, pode en
ias difíceis
ima
enhor queria falar comigo. A
e dias. As atividades cerebrais estão cada vez menores... te
, sua dor é visível, algumas lágr
possa ser feito, doutor
tamos todas as possibilidades, você sabe... agora pr
etar morte
samos sobre isso. Mas te prometo que Vou estar à frente de tudo, e que se houver 1% de chances eu te aviso im
recisa acordar. Mas no fundo, eu sei o quanto ela sofreria por acordar nessa nova realidade. Ela nunca gostou de depender de ninguém pra nada. Sempre correu atrás de tudo que queria, e agora, caso acordasse, seria um vegetal e dependeria totalmente de outras pessoas. Sei que ela não ia querer isso, mas meu
eu fiz. Me sinto derrotado, mas sei que o que sinto nem se compara a sua dor. (O médico se levanta da cadeira, vai até Anderson e coloca sua mão em seu ombro, lhe dando um leve aperto com os dedos, em um
ha novamente. Se encosta na porta fechada, enquanto olha para Sara. A moça não é mais nem sombra do que um dia foi. Seus longos cabelos foram raspados devido a tantas cirurgias. Seu rosto está muito inchado, amarelo, e há aparelhos em sua boca, nariz e garganta. Seus olhos alegres e brilhantes nunca mais se abriram. Sua voz e risada escandalosa nunca mais foram ouvidas. Aquela
ra irritante a capacidade que você tinha de estar certa, e eu ficava com raiva disso as vezes, por que você era tão centrada, tão previsível, tão maluquinha e ao mesmo tempo, tão responsável. A garota que curtia a vida intensamente, mas que sempre fazia a coisa certa, que nunca saia da linha ou fazia besteiras. Você não gostava de se arrepender do que fazia. Era incrível o dom que você tinha de ver as coisas como elas realmente eram. Era um saco ser casado com a dona da razão, por que eu sabia que você estava sempre certa, e não queria te dar razão em todas as nossas discussões. Eu queria ganhar também as vezes. Embora, eu sempre soube que ganhei muito por ter você. E agora, eu não sei para qual direção andar, por que você não fala mais comigo, você não joga na minha cara o quanto estou sendo idiota em uma decisão ou atitude. Você não manda mais mensagens no meio do expediente me dizendo para ter cuidado, para não fazer coisas estúpidas, coisas que você não faria. Não me diz mais para voltar inteiro para casa. Nem sinto mais vontade de voltar para casa, pra falar a verdade. Está tudo lá, do jeitinho que você deixou. Tem você em cada canto daquele apartamento. Sabe aquele quadro que mandei fazer com sua dedicatória do meu último aniversário? Eu bati nele e quebrei quando soube que você não ia mais acordar, está no chão do corredor, quebrado, e sei que você ficaria muito brava comigo por isso. Não foi intencional, nunca seria. Eu ap
essa será a última vez que a beija sentindo o calor de sua pele. A tristeza em seu semblante é avassaladora. Ele en