. O barulho era um zumbido constante, abafando os soluços que eu tentava engolir. Ao meu lado, no banco do passag
do meu marido, Pedro, co
ar, Ana. Desse jeito vai a
ma risada seca, sem humor. Matar todos nós
ntado ao lado de Pedro, c
controlada desde que... desde o que a
om tanta força que meus nós dos dedos ficaram brancos. A culpa tinha nome e sobrenome. A culpa estava sentada no velório, recebend
fragilidade que exigia um cuidado que beirava a obsessão. Cada medicamento, cada grama de alimento, cada grau na t
e sorriso de quem sabe mais que os médicos. "No meu tempo, a gente cria
gripe. Que o remédio importado, caríssimo, que mantinha suas crises sob controle não era "frescu
ca me defendia. Ele ap
inha mãe é de outra gera
me de chegar em casa um dia e encontrar Sofia com os lábios azulados, respir
u mesma preparei. Muito melhor que esses
istura de ervas desconhecidas quase parou o coração dela. Quando voltamos para casa
entende isso?" , eu gritei, as l
a chorar, um choro
Não valoriza meus esforços. Eu passo o dia todo aqui, cuidando
iatamente
a está nervosa, nã
para mim, o r
um acidente. Você precisa parar
a cabeça, com uma ex
ação de ouro. Você dev
mpletamente sozinha em uma família que não via, ou
a presa na alfândega, e eu entrei em pânico. Havia uma dose de emergência, que eu gua
a Lúcia, com instruções claras e repetidas à exaustão: "Se ela começar a passa
o berço, pálida, sem vida. A seringa de emergência estava intacta, sobre a cômo
cozinha, lavando a
você deu pra ela?" , p
o. Misturei um pouco de água sanitária com açúcar. Limpa tudo por
morta por uma receita de água sanitária com açúcar. Morta pela ignor
Envenenamento. Negligência criminosa. Quando a pol
! A Ana que é uma mãe descuidada, deix
s me pintaram como a vilã. Dona Lúcia chorava, dizia que eu a estava caluniando, que eu estava louca de dor. E todos a
minha filha ao meu lado, a voz de
isso, Ana. Pelo bem do
o para a minha Sofi
voz surpreendentemente calma. "
carro rugiu, respondendo ao meu dese
está fazendo? Vo
meus lábios enquanto as lágrimas finalmente p
s olhos, abracei a urna contra o meu peito e virei o volante com toda a força que me restava. O soridão. Um silê
uz suave. E um choro. Um choro de bebê, frac
luz do sol da manhã entrava pela janela, iluminando a poeira que dançava no ar. O cheiro de
ro cont
rço ao lado da cama. E lá estava ela. Minha Sofia.
com uma força avassaladora. Eu a peguei no colo, sentindo se
u sussurrava, beijando sua tes
endário na parede. A data marcada em vermelho. O dia em que Dona Lúcia deu o "chazinho de ervas"
averia pregos. N
ue chorava no carro com as cinzas da filha morreu naquele aciden
desta vez, a justiça seri