ondres parecia ter durado uma vida, e agora que estava ali, diante da casa, sentia o peso de todos os quilômetros percorridos
as brancas das janelas estavam lascadas, a madeira da varanda começava a apodrecer nos cantos e o jardim - outrora florido e vibrante - agora era uma colcha de ervas daninhas, galh
do aquele cheiro - de terra molhada, de vento úmido, de coisas antigas. E, sutilmente, quase c
arecia vir de dentro dela. Carregava uma mala pequena e uma bolsa de couro com o essencial
desviando de raízes salientes e galhos partidos. Parou diante da porta da frente e retirou do bolso o molho de chaves entregue pelo adv
m cheiro denso escapou: madeira antiga, poeira... e lavanda. Eleanor ficou parada na soleira, como se atravessar aquela porta fo
tr
distorcidas nas paredes. O ar era frio e parado. A eletricidade, como esperado, não funcionava. A casa estava int
lareira, os livros antigos organizados com esmero nas estantes, o relógio de pêndulo marcando
r com olhos marejados. O silêncio era profundo, mas não absoluto. A casa falava. Nos estalos da madeira, no mu
baixinho, como quem r
eira garoa descia em véus finos sobre o cam
casa. Permaneceu parado por alguns segundos, os olhos fixos na janela do s