ém o aniversário do acidente, Tiago Monteiro pre

rto Reserva da sua adega, uma por cada alma q

a longa mesa de jantar, o r

magra, pálida, os olhos fundo

uerida esposa." A voz

ssoa da minha família, e alguns amigos pró

as não disse nada.

ram na prisão. Não foi suficiente?

um som se

em segundos, num inferno de metal retorcido e fogo, por causa da bebedeira deles. Achas que a morte deles paga a

el, mas rapidamente substitu

gá-la. Por cada dia dos últimos cinco a

seguranças corpulentos

mec

estalo seco, o cheiro adocicado do vinh

ordeno

rosto implacável do marido. As lágrimas que ela

o queixo, forçando-a a abrir a

a, provocando-lhe engasgos. Ela tossiu,

sse Tiago,

ntia o estômago revirar, a cabeça a andar à roda. A

caba, Tiago?" ela conseguiu ba

disser qu

iu-se e uma jovem entrou. Era alta, esguia,

, e o seu coração pa

Sofia antes do acidente, antes de cinco anos de

?" A voz da recém-chegada era melodi

ra a jovem. A sua expressão suavizou-se instantaneamente, a frie

de mais. Apenas a dar

u-se, o seu olhar a v

de alguém como ela? Indigna." Clara encolheu os ombros delicadamente. "Anda, Ti

ão dele, afast

ara Sofia, que agora tremia violentamente. Depois, c

, esbarrando numa pequena mesa lateral onde repousava um

uma falsa preocupação. "

ueda, mas os seus reflexos estavam lentos. Um dos cacos ma

epois para um pequeno arranhão no

ei-me!" choramingou Clar

la, ignorando completamente

Ele pegou no braço de Clara com uma delicadeza

e ainda mais. A dor física na sua mão não era

to. E tu," ele disse, virando-se para Sofia com um olhar

o passar por Sofia, murmurou, para que só ela ouvisse, usando um diminutivo que

guranças, o sangue a pingar no chã

suspirou. "Senho

olhar perdeu-se nelas, e as memórias vieram, c

co amor. As tardes passadas a correr pelos vinhedos do Douro, as promessas sussurradas sob o lua

, a alegria, a bebida a fluir. Os pais dela, donos de uma pequena padaria tradicional, felizes, talvez

carro onde seguia a família de Tiago: os pais, a irm

funeral. O amor de Tiago tran

desespero. Morreram na prisão com poucos meses de diferença. As suas últimas palavras para Sofia foram uma súplica,

ções, de ver o homem que amava a transformá-la no alvo

utrora. Tiago cobria-a de afecto, de presentes, de tudo o que negara a Sofia. E Sofia via tudo, cada

dias para o fim da

anchada com uma gota seca do seu próprio sangue de um ferimento

urrou ela, a voz embargada.

onfortáveis, mas cumprindo ordens