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Histórico

Capítulo 3 Acidente de percurso

Palavras: 4910    |    Lançado em: 27/07/2021

a da Diretoria ainda estava iluminada, nunca tinha presenciado o Diretor Geral trabalhando até mais tarde, e

ue o Ceo devia estar ainda reunido com alguma comissão, e antes de alcançar o elevador que ficava em frente ao corredor da diretoria

adros envidraçados, por um descuido e pressa, acabou tropeçando caindo sentada, a cai

amar atenção de quem ainda estava no prédio, os guardas vieram, o Diretor Geral, alguns Diretores de seção,

ulado das últimas semanas, um pouco de dor no quadril e braço, um aperto no peito pelos seus quadros, que t

nha torcido o pé e quebrado o salto do seu sapato, as lágrimas se alargaram e já escorriam pelo seu rosto, dor pelo seu

cada abaixo, com cuidado para não tropeçarem nos cacos de vidro, era apenas um andar até o estacionamento, acharam melhor levá-la logo

te, nem notou quem foi, ao que ser disposta no banco e lhe ajudarem a fazer um estanque par

almente os vigilantes que eram seus companheiros de noite no trabalho, já tinha dividido muito pizza, ref

tinha que chegar ao pronto socorro e enfaixar pelo menos o pé, torcendo para não ter

té o pronto socorro perguntando apenas onde ficava o atendimento mais próximo pelo GPS do celular, ela até ia responder quan

u celular, ficou feliz pelo aparelho, ainda bem, seria outro item perdido junto com seus quadros nesse moment

e ajuda para que ela possa ser atendida, logo volta com uma cadeira de rodas, logo sua porta é aberta e ela é transferida pelo

ue não está com sua bolsa, a atendente de poucos amigos, informa que é necessário que alguém com doc

a e celular, assim ela poderia chamar alguém de sua família para ajudá-la. Ela é levada para atendimento e

ma bota muito incômoda é posta em sua perna, uma tipoia

no tornozelo, um corte no braço, uma luxação no cotovelo, o médico riu de seus “ossos fortes” como

era necessária até pelo menos a retirada dos pontos no braço, antes de poder sair, tinha que acertar na recepção do pronto socorr

agradeceu novamente a gentileza, foram juntos até o balcão de atendimento para concluir seu cadastro, a enfermeira exigiu que o Juliano assinasse sua alta, ela ficou m

que pagar a diferença, pois quando perguntou quanto tinha sido a conta, era quase um mês de seu salário

le. Estava cansada, tonta pelos analgésicos, não queria se desgastar e discutir também, a recepcionista pareceu pouco amigável, além

agem, e sabia que já tinha lido em algum lugar que era obrigação do hospital

lar, agradeceu toda a ajuda, mas que ia pegar um táxi até em casa, já tinha dado trabalho demais. Ele insistiu em levá-l

axou no banco de couro, antes tratou de limpar a manchinha de sangue que estava no banco durante o ca

o o resto do caminho, sua casa ficava num bairro mais afastado, mas bem agitado, onde havia muitos comércios e indústrias, sua rua por out

um casarão, mas ainda estava se situando na casa deixada pelos pais, então ela estava do jeito que eles construí

sso sempre teve muito orgulho, ao chegar em casa sentiu falta do seu carro parado na entrada do

dos monstrinhos, ela agradeceu toda a ajuda, explicou que os cachorros não eram sociáveis e para ela seria compl

ainda tinha que fechar a semana para então descansar um pouco, tinha planejado fazer um tour pela

e ainda custearia parte da viagem, a outra seria do fundo de viagem que tinha montado, pensou em tira

com a família, no fim das contas sua demissão acabou sendo algo a comemorar, uma mudança, que ela esperava fosse positiva, a e

la, até que ela se interasse do funcionamento pleno da empresa. Secretamente ela passou a pesqui

guns viravam o nariz para ela, a chamando de patricinha, por ter herdado a casa dos pais. Todo o resto ela sempre arcou sozinha, a

roblema, como chegar ao seu quarto, os dois lances de escada pareceram obstáculo intransponível, estava tarde, não ia tirar s

a ser difícil essa semana, coisas simples como essa era um desafio, deitou no sofá e se cobriu com a

que pensar em como resgatar seu carro, não ia ter jeito, tinha que pedir ajuda ao irmão, ligou para ele log

do, a sobrinha ria toda vez que ela pegava a muleta, não era nem oito da manhã e a casa

m da sua saída na empresa, então compreenderam quando ela insistiu em ir trabalhar naquele estado, deram uma carona até a empresa, ficou combinado que no f

a, chegou toda paparicada no seu setor, ela ia sentir falta deles. Não foi diferente com sua equipe, André lhe disse que o

s num canto, a mesa limpa, ligou o computador, faltava transferir alguns arquivos pessoais e liberar espaço

rona todo dia, mas a notícia que seu contrato foi prorrogado até o final de sua licença, tratou de passar nos recursos humanos para se certificar d

parecia impaciente em resolver a situação com ela, porém Lúcia deixou bem claro que ela teria que estar p

indenização, o comando já passaria ao André de toda forma, que ficaria já encarregado do cargo, as 15:30 no

a buscar seu carro e levá-la para casa, ele olhou para suas muletas fixamente, André tomou a dianteira, convidando-o a sentar-se, eles tinham prepa

uipe, o CEO fechou a cara, não parecia gostar do que estava vendo, ao final entregaram o relatório detalhado, ele deu mais uma folheada, t

mpresa não estivesse em retração, seria ideal para uma posição de Diretoria em alguma nova fil

os recursos teriam que ser contratados, com urgência, elevando o custo da empresa, o que não compensaria com a economia com pessoal, p

gou próximo das 18:00, eles ainda estavam discutindo alguns números, quando Ana recebeu a liga

um discurso improvisado de despedida, mas ela teve que cortá-lo, pois seu irmão já estava esperando no estacionamento da empresa, ela pediu desculpas novamente, explicando que sua car

incoerente, mas fazia todo o sentido na sua situação. Dois colegas de equipe a ajudaram levando suas caixas

car a viagem que iria começar na segunda, então passou o resto da semana ligando para a companhia aérea para remarcar a viagem e para os hotéis em que tinha feito

ndente, estava em débito com Juliano, além da ajuda prestada não permitiria que lhe ficasse de

melhor, fez outra radiografia, estava tudo voltando ao lugar, já não sentia dores, e o pé estava desinchando, ela perguntou se

o e passar a usar apenas o aplicativo para locomoção, mas tinha muito apego ao SUV para vendê-lo, além do mais, de ce

la também se permitiu ter uma empregada por duas semanas, indicação da cunhada, er

ra o lado na calçada, para assim, poder aguardar o Uber com tranquilidade, nem notou que Juliano saía do carro, e quando e

judou e ela viu com muita tristeza que sua capa da Bonequinha de Luxo estava quebrada, mas recobrou a felicidade ao ve

esperando alguém do hospital, um sorriso saiu sem querer quando pensou que talvez ele fizesse um bico de paramédico, puxando uma conversa bem tími

dica, já estava se desapegando daqueles problemas, não queria voltar a se preocupar aquilo que na prática já não era ma

vez ou outra de André, pedindo alguma informação, diziam muito mais sobre o que estava afligindo a empresa. O silêncio, já costumeiro entre eles, voltou, ela des

ndo, Juliano lhe perguntou se demoraria muito sua carona, ela explicou que a viagem tinha sido cancelada sem querer

ento que já tinha conseguido e seria direcionado ao cartão de crédito dele, não tinha mencionado na reunião um assunto pessoal, pois ne

os, ela seguiu explicando os detalhes técnicos que explicavam a demora no acerto, pediu que ele conferisse no extrato de seu cartão se de fato

le parecia conhecer, não lhe perguntou nada, continuava dirigindo, era próximo do meio dia, pensou que era seu horá

u que não, em seguida questionou sobre o fato dele estar no hospital, demonstrando uma falsa preocupação sobre algum c

nhã, ela lembrou que recebeu a mesma ligação pela manhã em seu celular, e lembrou que o número dele devia estar ainda em seu cadast

caminho, pensou em ver como ela estava, ela agradeceu a atenção, estavam chegando à sua casa, pareceu uma indelicadeza desta vez não lhe convidar a entrar

, todo dia pela manhã ela usava todo seu charme e persuasão, que se resumia uma caixa de biscoitos caninos, para atraí-los ao pátio traseiro, onde u

entemente ele a acompanhou até a entrada de sua casa, com sorte ao entrar sentiu o cheiro da comida da Dona Ol

mas Olga deixava tudo arrumado. Ela tratou de puxar alguma conversa, já que ele permanecia mudo, ela viu que ele olhava para os retrato

íses, ela tratou de falar amenidades de viagem, contar as circunstâncias de viagens, ela perguntou se ele já tinha

parcerias comerciais, ele explicou também que passou boa parte da adolescência nos Estados Unidos, bem como retornou ao Brasil

homem, suas viagens eram apenas souvenir para ele, que devia olhar com cur

de casas, um hobby que tinha, também estava aberta sua agenda onde planejava sua viagem, n

elogiou seu trabalho artístico, não era grande coisa, era um desenho mais técnico, mas com esses dias de tédio tinha dedicado bastante atenção

ma desenho artístico, mas um projeto arquitetônico, ele perguntou então se ela tinha formação em arquitetura, ela explicou que ch

s olhos pediu para ela trazer outro prato, Dona Olga negou com a cabeça, como se tivesse com medo do convidado, mas ela in

o na frente do convidado, na ponta da mesa ela já estava sentada, comeram, vez ou outra Juli

sa última semana, instigada por um inquisidor como Juliano, que até estava se divertindo com

ra vez que tinha uma empregada em casa, que realmente esta semana estava sendo um aprendizado. Terminado o almoço Juliano a ajudou a sair da mesa

ar das circunstâncias em que seus caminhos se cruzaram, sentiu um aperto ao peito, ainda estava ressentida pelo empr

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