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Usuária de Mana

Usuária de Mana

5.0
5 Capítulo
31 Leituras
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Sinopse

Índice

Alguns poucos humanos acham que somos abençoados por nascermos com essa maldição, magia? Genética? Ninguém sabe. A única coisa que me lembro é de ser arrancada dos braços da minha mãe, ela chorava e implorava para não me levarem, o lugar horrível que eu cresci chama-se república democrática de Gaji, uma prisão para todos que tem o azar de nascer assim, diferente. A nossa população está morrendo, talvez por isso surgiu essa coisa estranha que nos conecta a outros gaijins. Estão chamando por aí de companheiros de alma. Eu chamo de evolução. Fugir de Gaji foi uma boa decisão? Não importa o que aconteça, foi a melhor coisa que eu fiz, porque eu encontrei meu companheiro de alma. Só precisamos nos manter vivos.

Capítulo 1 1- O chapeleiro ruivo da colônia dois 

ㅡ Vamos! vamos lá! ㅡ Ignorei-o e me virei de lado na cama, ofuscada pela energia positiva que ele exalava ㅡ Você não vai ficar na cama no nosso único dia de folga, né? ㅡ me observe, respondo mentalmente com a minha voz mais firme e decidida possível. A semana tinha espremido qualquer ramo de coragem que eu tinha, as fábricas nos sugavam e eu não sabia como alguns ainda tinham energia para levantar da cama. Minha cama, se é que essa coisa fina pode ser chamada de cama, ondulou e seus braços me agarraram, puxando o meu ombro freneticamente, a cama chiava com o movimento, molas rangendo e meu coração batendo tão forte que poderia sair pela boca. Continue fingindo estar dormindo. Ignore-o e ele desistirá. Você não está sentindo o calor do chapeleiro contra suas costas. Não é nada bom e convidativo. É normal, como todos os outros dias.

Sou um clichê ambulante, me apaixonei pelo meu melhor amigo desde que o vi pela primeira vez, pode me julgar eu não ligo porque você se apaixonaria também se o visse. É o tipo de encrenca doce que fica cada vez mais interessante e carinhoso com o tempo, sem contar o sex app que o idiota tem, ainda não descobri onde ele arranja tempo para ficar gostoso entre nossos turnos. O chacoalhar nos meus ombros mudam para uma massagem, e muito bom com os dedos, riram a tenção que eu nem sabia que tinha.

Espero algum tempo até que o meu corpo fique imóvel novamente, sair no domingo era algo que eu odiava fazer, a colônia dois não era menos perigosa por três quartos serem tomados por fábricas, além disso, sair exigia gastar fichas, um dinheiro a menos para nossa liberdade. Eu estava a salvar as nossas vidas por continuar deitada, descansando minhas mãos e pés doloridos. um dia ele entenderia. Basta continuar com os olhos bem fechados e ele desistirá, sem contar que sua bunda era um detector de problemas ambulantes. Nunca vi um Gaijim para ter azar assim, impressionante!

ㅡ Vou deixar você descansar, da próxima não escapa ㅡ diz no meu ouvido me deixando completamente arrepiada, as palavras saem acompanhada por um ventinho quente e balança os fios de cabelo que estão emaranhados, cobrindo partes do meu ouvido e nuca. Não gosto muito de sair com chapeleiro, não sou sadomasoquista o suficiente para ficar com dor de cotovelo todas vez que alguém dá em cima dele, ou o coma com os olhos. E, acredite, os Gaijins estão pouco se f*dendo para pudor, uma liberdade que temos nessa prisão de merda que eles chamam de pais. Sexo na frente de todos ? Ninguém se importa.

Já tenho minha cota de ver o pai dele melado durante as poucas vezes que saímos juntos. Eu juru, tentou não olhar, é só… parecia bom. Uma coisa sobre chapeleiro: ele é como a maioria aqui, transa sem se apegar, a qualquer momento podemos pegar tétano ou a doença do rato e morrer do dia para noite. O nosso vinculo é diferente, ao menos para ele. Nós nos aproximamos muito cedo, éramos apenas crianças. Somos como irmãos. Ao menos, ele me vê dessa forma.

Suspiro e conto até dez e abro, espiando o dormitório com os olhos semicerrados.

ㅡ Tentando me enganar? vista sua bunda, hoje nós vamos balançar o esqueleto ㅡ seus cotovelos sustidos na cama, ambas as mãos apoiavam um rosto muito próximo do meu, gemo com o seu sorriso brilhoso, quem acorda feliz nesse lugar? chapeleiro de araque! É claro que eles não eram iguais, meu amigo e o personagem da Disney, mas a essência era a mesma, incluindo a cabeleira vermelha.

Puxo os seus braços e ele caí em cima de mim, aproveito sua distração para puxá-lo para cima, mesmo sendo pesado consigo puxar seu corpo esguio sobre mim. Usando as pernas para agarras sua cintura por trás para prendê-lo.

ㅡ Vai dormir, amanhã vai estar reclamando por acordar cedo ㅡ aviso ainda prendendo sua cintura, era cômico que seu corpo se adaptou a acordar cedo somente no domingo. No seu túmulo colocarei: aqui jaz um dominguista. Sorrio com o pensamento.me arrependo de telo agarrado, meu hormônios fazem uma dancinha da vitória e eu engulo em seco para tentar não sentir seus músculos contra mim. Me recuso a me fazer sentir seu lixo na minha perna.

Usando a sua técnica ultra infalível ele cutuca minhas costelas, eu solto-o da minha prisão fazendo questão de soprar o meu bafo no seu rosto entre risadas. foi um jogo baixo para ambas as partes. Ele ajeita sua única roupa de sair, puxando a cintura de sua calça jeans surrada, ela não fora comprada com os rasgos nos joelhos e coxas, esse estilo fora adquirido na raça de não podermos gastar. No final, ficou bem estilosa. Logo após passar as mãos pela blusa branca desfazendo os amassados da nossa luta brutal, era um milagre que ela tenha continuado branca por tanto tempo, ele deveria estar usando o alvejante da fábrica escondido, para lavar, espertinho.

ㅡ Já que não quer ir... Que seja, vou me divertir em dobro por você ㅡ suas sobrancelhas balançavam daquele jeito que indicavam que ele aprontaria alguma arte.

ㅡ Contanto que não "gaste em dobro", está ótimo, ㅡ imitei sua voz mais grossa no meio da frase e me jogo na cama fina. Meu amigo ruivo revira os olhos dando meia volta e caminha para a entrada do dormitório.

ㅡ Sim mãe ㅡ sua resposta sarcástica me deixa mais tranquila, ele pode fingir que não ouve, mas eu sei que ele vai se comportar e não vai gastar mais que o necessário.

Eu nunca deveria tê-lo deixado sair sozinho, poderia ter agarrado com mais força, conversado. Feito qualquer coisa para ele não sair, mas eu o deixei ir. Foi a última vez que eu o vi, caminhando para a entrada do dormitório, estalando os dedos e cantarolando algum dance músic. Nunca sabemos qual será nosso último dia, a hora e minuto com aqueles que amamos, foi uma interação normal, nós rimos e brincamos e eu virei para o outro lado para dormir o resto do dia.

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