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O Último Beijo

O Último Beijo

4.8
1179 Capítulo
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Sinopse

Índice

Para pagar a dívida, desesperada e sem opções, ela tornou-se uma substituta e se casou com o homem que era conhecido como um demônio que todos temiam e respeitavam. Ele deu uma mordida em sua doçura e gradualmente se submeteu à luxúria viciante. Antes que ele percebesse, ele já era incapaz de se libertar dela. O desejo foi o começo de sua história, mas como esse amor condicional continuaria?

Protagonista:

Carolina Rabelo e José Fernandes

Capítulo 1 Ela era apenas uma substituta

O céu, naquela noite de outono, estava cheio de nuvens que encobriam quase toda a lua.

No Hotel Vitória de seis estrelas, o mais luxuoso da cidade, as atividades corriam em ritmo acelerado, já que José Fernandes, um empresário mundialmente famoso, o reservara por completo pela noite inteira.

Usando um terno preto e portando um cigarro entre os dedos longos e finos, José se encontrava sentado em um canto da sala ostentosa, criando uma aura misteriosa à sua volta com a fumaça do cigarro.

"Senhor José, nós nos divertimos muito hoje, mas já é tarde", exclamou o homem de pele escura ao lado dele. Sua aparência era comum, com sobrancelhas espessas e olhos grandes.

"Senhor José, pelo que ouvi, a senhorita Carolina é uma pessoa muito sociável, o que explica sua fama entre os homens. Isso faz você se sentir inseguro?", disse outra pessoa.

Da mesma forma que aqueles homens, quase todos desconfiavam desse casamento. No entanto, José estava disposto a se casar com a garota e, portanto, aos demais só restava usar a imaginação e criar fofocas.

O empresário sorveu um gole de sua bebida com muita tranquilidade.

"Crespo Rabelo me deve uma grande quantia em dinheiro. Mesmo assim, ceder sua preciosa filha em casamento não é suficiente para me pagar", disse ele com naturalidade.

"Senhor José, isto quer dizer que Crespo está apenas tentando ganhar tempo? Isso significa que ele considera sua filha muito valiosa", disse o braço direito de José, Júlio Araújo.

José, com a expressão séria de sempre, deu uma tragada no cigarro e disse: "Fique de olho em Crespo Rabelo, mas com cautela. Vou fazer da vida dele um inferno!"

"Senhor José, você vai fazer da vida de sua esposa um inferno a partir desta noite?", perguntou outro homem, com um sorriso malicioso no rosto. "Ou, por acaso, haverá algo especial?" José nunca tivera a oportunidade de conhecer a filha amada da família Rabelo, somente tinha ouvido falar a respeito dela. Na verdade, poucas pessoas tinham conseguido vê-la até então.

"Senhor José, ouvi dizer que ela é linda e sensual. Os homens se sentem atraídos por ela, de maneira natural, porque ela tem uma energia que faz com que todos a desejem."

Os homens que estavam sentados naquele sofá participavam ativamente da conversa, falando sobre a noiva enquanto ela não aparecia.

Por outro lado, a mulher que estava sentada à direita de José tinha uma expressão chateada no rosto. Era evidente que ela odiava a mulher de quem todos falavam.

"Para mim, chega!" Ela exclamou, não conseguindo mais se conter.

"Ah! Parece que a senhorita Ana ficou irritada." Ana havia trabalhado para o empresário a vida inteira, e era mais que evidente, para qualquer pessoa com um pouco de perspicácia, que José tinha um lugar especial no coração daquela mulher.

Claro, os dois eram muito próximos, mas não de forma íntima. Ela não logrou se casar oficialmente com José para se tornar sua esposa, e agora outra mulher, chamada Carolina Rabelo, estava tirando dela, em definitivo, esta possibilidade. Além disso, Ana achava que Carolina nem mesmo merecia se casar com José.

"Você está chateada?", perguntou o homem, enquanto apagava o cigarro e a fitava fixamente, com um sorriso quase imperceptível nos lábios.

"Senhor José!" Ela exclamou, mas não disse nada mais. A mulher sabia perfeitamente qual era seu lugar. Não importava o quão perto estivesse dele, ela deveria simplesmente cumprir suas obrigações e nada além disso.

"Senhor José, você não vai nos apresentar sua esposa?", perguntou um seguidor do empresário. Muitos outros também expressaram o mesmo.

José ergueu o copo com firmeza e bebeu todo o conteúdo de um só gole. Então o colocou na mesa e assentiu com a cabeça em sinal de aprovação.

Por outro lado, Anabela aguardava com ansiedade em uma luxuosa suíte presidencial. Estava usando um vestido de noiva ostentoso, feito sob medida para ela em Paris, e uma maquiagem muito delicada. Era o dia do seu casamento, mas mesmo assim, nenhum membro da família estava presente. Ela simplesmente assinou seu nome em uma folha de papel e, assim, perdeu sua liberdade para sempre.

Ela teve que se casar com o próprio Diabo, chamado José Fernandes, para a salvação de seu pai e para ajudar sua família, convertendo-se assim na substituta de sua irmã.

Ela estava inquieta e apreensiva, sentada em um canto do quarto. Com apenas vinte e dois anos de idade, sua vida estava apenas começando. No entanto, já estava casada com um homem seis anos mais velho do que ela. O luxo e a iluminação da sala não conseguiam apagar o medo que ela sentia.

Ela estava totalmente aterrorizada, mas não tinha opção.

Além disso, estava tonta de fome, pois desde o dia anterior, exceto as garrafas de vinho e copos na mesa, não havia nada no quarto que ela pudesse comer. Jamais tinha bebido uma gota de álcool e sempre fora uma boa aluna.

Ela estava ciente de que desde o momento em que prometeu ser a substituta, tudo em sua vida havia desmoronado. Só podia sonhar que no futuro não se decepcionaria.

Seu estômago não parava de roncar, ela já não conseguia mais esquecer que estava com fome. Seus lábios brilhantes estavam pálidos, e ela os mordia para tentar se estabilizar. Estava esperando por todo esse tempo até o 'diabo' aparecer.

De repente, a porta se abriu, dando lugar a dois estranhos. Os dois homens pareciam rudes e fortes, mas nenhum dos dois era José.

"Senhora Carolina, o senhor José quer vê-la", falou um deles com aspereza, sem demonstrar o menor respeito.

"Onde ele está?" Anabela gaguejou, recuando, tal qual um coelho assustado.

Nenhum dos dois respondeu à sua pergunta e, em vez disso, a agarraram com firmeza e quase a arrastaram para fora do quarto.

Ela resistiu e lutou para se libertar, embora fosse em vão.

"Soltem-me!" Ela gritou, mas antes que pudesse perceber o que estava acontecendo, foi jogada ao chão com força. Apesar do chão estar coberto por tapetes, mesmo assim ela se machucou.

"Carolina, olhe para cima!", José exigiu, em tom firme e sem nenhum traço de emoção.

Carolina! Carolina, sim, era verdade; agora ela era Carolina, não mais Anabela.

No entanto, ela não se atreveu a olhar para cima, pois se alguém a reconhecesse, imediatamente ela morreria.

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