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Amante [Morro]

Amante [Morro]

4.9
13 Capítulo
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Sinopse

Índice

Bg é o traficante mais procurado do Brasil, aos dezesseis anos matou o tio por assediar a sua irmã e assumiu o seu lugar, construindo o seu legado. Com poucos amigos, muita inteligência e sede de vitória ele conquista um pouco mais a cada dia, mas se vê em um desafio quando desperta um interesse por uma certa mulher baixinha que sem motivo algum o odeia. Samantha Bastos é uma mulher independente, que cresceu tendo que cuidar da mãe após o pai morrer de overdose. Como uma menina criativa, seu interesse pela moda foi quase instantâneo, resolveu se profissionalizar nisso mesmo sem muito apoio, atualmente sendo uma das maiores estilistas do Brasil com apenas vinte e dois anos. Uma proposta irrecusável os une pelo resto de suas vidas. Ele é não confia em ninguém. Ela é cercada de amigos. Ele é cruel e frio. Ela é a pessoa mais alegre do mundo. E eles, bom, eles são fogo e gasolina. >>> @aut.izzamarques

Capítulo 1 1- Prólogo.

Karol

Abri a porta de casa depois de mais um dia cansativo, o estágio que eu fazia era em uma grande clínica veterinária do outro lado dessa porra de cidade. Entrei vendo as marcas de sangue no chão, coloquei a mão na boca estática pela quantidade. Sentados no meu sofá estavam dois caras que eu reconheci serem vapores aqui do morro e deitado no maior estava um homem baleado. Fechei a porta atrás de mim e caminhei até eles.

Karol: O que porra tá acontecendo aqui? – O magrinho que é um dos amigos do meu primo eu já conhecia, uma vez ele veio trazer umas compras aqui em casa para mim.

Magrinho: Aí mina, disseram que tu é médica e o mano aqui tá precisando retirar a bala do peito. – Neguei sabendo da intenção deles.

Xx: Qual foi mina? Vai me deixar morrer? Eu te pago pelo serviço pode deixar. – O cara que estava deitado no meu sofá praticamente morrendo de sangrar disse com a voz fraca.

Não era sobre isso, era sobre eu ter aprendido a cuidar de animais e não de pessoas. Caminhei até o armário da cozinha e peguei uma caixinha de primeiro socorros que eu deixava lá.

Peguei os produtos para higienizar e me sentei em um banquinho na frente dele.

Karol: Toma. – Estendi um pano de prato pra ele. – Morde isso aí pra você não gritar tanto.

Ele colocou a toalha na boca assim que eu despejei o líquido na ferida, os gritos abafados pela toalha na sua boca eram estridentes.

Peguei a pinça com as mãos tremendo e retirei a bala do ferimento. Quando eu peguei a agulha pra começar a suturar o ferimento o cara segurou a minha mão me impedindo.

Xx: Toma cuidado aí Doutora. – Revirei os olhos.

Terminei tudo e me levantei, lavei as mãos na pia e voltei encontrando ele sentado no meu sofá.

Karol: Você vai comprar um novo pra mim, destruiu o meu sofá de sangue! – Murmurei. Por hoje a minha raiva por eles terem sujado a minha humilde casa superou o medo de levar um tiro no meio da testa.

Xx: Qual é o teu nome todo mandada?

Karol: Karolynne Santos de Almeida, vai me cadastrar no bolsa família?

Xx: Satisfação Karol, o vulgo é Noronha. Amanhã um menor vem trazer uma meta aqui na tua porta. – Ele tentou se levantar bruscamente, mas parou quando sentiu a dor.

Karol: Você não vai conseguir sair assim, é melhor você dormir aqui mesmo. – Ele concordou. – Qualquer coisa eu tô no meu quarto. – Murmurei.

Entrei no quarto e peguei a minha toalha passando direto para o banheiro. Tirei toda a minha roupa e liguei o chuveiro entrando em baixo, o sangue escorria pelo ralo a baixo.

Tomei um banho demorado, me sequei, passei um hidratante e vesti um pijama. Sai do quarto e voltei pra sala vendo os três ainda lá.

Magrinho: Tem como tu arranjar uns cobertor pra nós aí não novinha? – Revirei os olhos.

Karol: Abusado. Voltei pra o quarto e peguei alguns cobertores fofinhos com a maior dó sabendo que sujaria de sangue e se eu conseguisse tirar a mancha seria com muito suor.

Karol: Aí. – Joguei em cima do magrinho.

Magrinho: Não é porque tu tá ajudando a gente agora que tu vai faltar com respeito não, bandido é bandido. – Concordei com ele e abaixei a cabeça morta de vontade de mandar ele se foder.

Karol: Desculpa aí chefe. – Murmurei. – Da próxima eu deixo morrer mesmo. – Falei baixinho para que só eu ouvisse.

Noronha: Deixa a mina magrinho.

Voltei pra o meu quarto e deitei na cama, coloquei um filme na Netflix e assisti até o sono me vencer.

[...]

Acordei com o toque do celular, peguei a minha bomba debaixo do travesseiro e atendi a ligação.

Karol: Que foi caralho? – Gritei.

Xx: Oi. – A mulher falou e desligou a chamada. Chamei todos os palavrões que existem com o número, acordar assim é um saco!

Me levantei da cama e entrei no banheiro, escovei os dentes e fui até a sala. Estava vazia, os caras já tinham ido embora, mas deixaram uma bagunça enorme pra palhaça aqui limpar.

Suspirei tentando não surtar. Liguei a jbl e conectei no celular, coloquei pra tocar a música "Ela é malandra" e fui atrás das coisas pra limpar a casa na área de serviço.

Terminei por volta das onze horas, minha casa ficou limpinha tirando o sofá que eu tive que empurrar pra o quintal e lavar lá.

Tomei um banho e vesti um short jeans com uma camisa do Corinthians. Mandei mensagem pra uma lanchonete aqui do morro e pedi uma quentinha, me sentei na mesa da cozinha e comecei a olhar a página de fofocas da Rocinha no twitter.

Tinha um recado lá avisando que o dono do morro tinha sido baleado em confronto e foi levado para a casa de uma moradora no meio da noite.

Coloquei a mão na boca, em que merda eu me envolvi? Achei que era só um vaporzinho meia boca. Escutei o barulho na minha porta e me levantei pra pegar a quentinha, abri o portão e vi o magrinho encostado na XRE.

Karol: Veio limpar minha casa? Chegou atrasado. – Ele sorriu negando.

Magrinho: Tu tira muita marra pra cima de bandido Karol, vai morrer cedo desse jeito.

Karol: Novidade. – Murmurei.

Ele me estendeu uma sacola e eu abri o portão indo pegar, abri vindo que dentro tinha um bolo de dinheiro. Pelo menos não são mentirosos.

Karol: Não vou negar porque eu vou precisar comprar um sofá novo e vocês são bandidos ricos, Karolzinha é pobre. – Ele riu negando.

Magrinho: Vai me convidar pra entrar não? – Neguei. – Eu entro do mesmo jeito novinha.

Ele passou por mim entrando na minha casa, bufei irritada e fui atrás.

O Magrinho abriu a geladeira da minha casa e pegou um pote de sorvete que tinha lá, ri da careta que ele fez quando viu que era feijão.

Magrinho: Filha da puta! Tem nada nessa casa não?

Karol: Me dá trabalho, faça minhas compras e depois reclame. – Ele me deu dedo.

Magrinho: Vou pedir uma comida no garu.

Karol: Eu já pedi. – Falei enquanto mexia no celular.

Magrinho: Tô ligado. O Noronha quer bater um papo contigo, tem uns serviços pra tu pô. – Enruguei a sobrancelha.

Karol: Ele é o dono do morro? – Ele concordou. – Não tem mulher?

Magrinho: Outros tipos de serviço Karolzinha, tá voando alto.

Karol: Humm... Não quero me envolver com esse tipo de gente. – Ele murmurou alguma coisa tão baixo que eu não consegui ouvir.

Magrinho: É uma pena tu não ter opção, porque se o Noronha quer ele vai infernizar a tua vida até ter.

Agora pronto!

>>>

@aut.izzamarques

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